publicado dia 25/09/2018
Mapeando oportunidades educativas no entorno escolar
Reportagem: Da Redação
publicado dia 25/09/2018
Reportagem: Da Redação
Por Claudia Ratti
Ao se observar com atenção o entorno escolar, é possível perceber um território repleto de boas oportunidades educativas, como parques, praças, ruas e antigas construções. Pensando nisso, por que não proporcionar aos estudantes um momento de aprendizado fora dos muros da escola?
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Uma das formas de identificar quais são essas oportunidades é fazer um mapeamento do território para então planejar as atividades externas. Durante o trabalho, é possível perceber que o espaço público mostra-se como um ambiente para brincar e aprender.
Confira alguns passos que podem auxiliar educadores, gestores e outros atores da escola a mapear e planejar o desenvolvimento de atividades envolvendo o entorno escolar.
O primeiro passo para mapear oportunidades educativas é fazer um diagnóstico do território. Para isso, comece respondendo algumas perguntas: onde a escola está localizada? O bairro é residencial ou comercial? Qual a natureza das instituições que compõem esse território? Com a ajuda de um mapa, observe o entorno do colégio e comece a listar os principais estabelecimentos que dividem o bairro com a escola.
Proponha a outros educadores que esse mapeamento seja feito em conjunto. O trabalho em equipe vai facilitar a identificação das oportunidades educativas, além de ser a chance de planejar uma atividade interdisciplinar ao ar livre.
Conversar com os estudantes também é uma boa maneira de fazer o diagnóstico da região, já que muitos moram no bairro. Entenda quais são os caminhos que eles percorrem diariamente, quais espaços frequentam e onde brincam quando estão fora da escola. A conversa pode destacar locais não óbvios, mas que carregam um grande potencial educativo.
Depois de identificados, é hora de pensar quais oportunidades esses locais oferecem. Parques e praças são ambientes que permitem uma série de atividades, desde brincadeiras ao ar livre até aulas com um conteúdo que dialoga com aquele espaço. Já antigas construções, como igrejas, residências e comércio local, por exemplo, são imóveis que contam histórias sobre bairro e revelam informações sobre determinado período histórico.
Após o diagnóstico do território, é hora de fazer a articulação com esses espaços mapeados. Pensem sobre a relação da escola com a comunidade. Ela está integrada às outras iniciativas do bairro? Os estudantes são próximos do território? A partir disso é possível pensar qual trabalho será feito para propor as atividades externas. Entre em contato com os estabelecimentos, apresente a sua ideia e veja quais são as possibilidades de parceria oferecidas.
Pense como essas pessoas e instituições que ocupam o território podem contribuir para o aprendizado dos alunos. Certifique-se de que são ambientes que comportam os estudantes com segurança e com espaço suficiente para colocar as atividades em prática.
Por fim, é hora de planejar as atividades que serão propostas no dia. Há uma infinidade de brincadeiras e experiências que você pode oferecer aos estudantes. Você pode propor brincadeiras que dialogam com o currículo, planejar uma aula ao ar livre, pensar uma vivência que aproxima os alunos dos elementos da natureza ou fazer uma caminhada para conhecer a história do bairro. Prefira espaços que proporcionam contato com a natureza e aproveite para pensar em atividades que não são possíveis dentro da sala de aula.
Além disso, avalie sempre a viabilidade da atividade e esteja preparado para imprevistos. Por isso, a presença de mais de um educador responsável pelos alunos facilita a atividade. Escolha locais próximos da escola e trace um percurso que não seja muito longo, mas que possa ser vivenciado pelos alunos. Certifique-se de que todos os estudantes têm autorização para sair do colégio e lembre-se de identificá-los antes de ir para a rua.