Personalização
Práticas

Laboratórios de inovação e criatividade

A prática visa aproximar os professores regulares e os professores de atendimento educacional especializado (AEE), em uma estratégia conjunta, para facilitar a inclusão dos alunos com deficiência nas salas de aula regulares. Estimula-se o trabalho colaborativo destes profissionais para que pensem como utilizar as ferramentas existentes nas salas de recursos multifuncionais, a fim de transformar estes espaços em “Laboratórios de Inovação e Criatividade”. Nestes locais, são produzidos recursos multissensoriais em Desenho Universal da Aprendizagem (DUA), criando oportunidades para que estudantes com e sem deficiência possam aprender juntos e de acordo com as singularidades de cada um.

Leia + “Fazer educação inclusiva é construir uma sociedade inclusiva”

Assumindo que os alunos são diferentes na maneira como percebem e compreendem a informação que lhes é apresentada e comportam, em sua singularidade, diferenças socioculturais e econômicas, intelectuais, motoras e sensoriais, o Desenho Universal da Aprendizagem surge como modelo pedagógico que propõe, aos educadores, princípios e estratégias capazes de incluir e valorizar a diversidade dos educandos, reconhecendo suas múltiplas dimensões formativas.

Para isso, currículos universalmente elaborados requerem uma variedade de opções de acesso e de uso dos materiais educacionais. Entretanto, o “universal” não implica numa solução ótima para todos. Ao contrário, reflete uma consciência da natureza única de cada estudante e a necessidade de incluir as diferenças, criando experiências educativas significativas, capazes de desenvolver as habilidades e competências de modo personalizado.

Dessa forma, o professor deve lançar mão dos vários recursos de tecnologia assistiva atualmente disponíveis, como comunicação alternativa e aumentativa, informática acessível, recursos ópticos e não ópticos, softwares específicos, códigos e linguagens, atividades de orientação e mobilidade, entre outros.

Trata-se de uma forma de ressignificar a sala de recursos multifuncionais, orientada por uma intencionalidade pedagógica colaborativa, multissensorial, inclusiva e “mão na massa”, que, na concepção do Desenho Universal da Aprendizagem, transforma-se em um Laboratório de Inovação e Criatividade – um espaço onde todos os alunos podem ser incluídos e instigados a questionar, criar, experimentar e inovar, garantindo sentido e legitimidade aos processos criativos.

Salas de AEE
A implantação de salas de recursos multifuncionais em escolas públicas de educação básica refere-se à doação, pelo Ministério da Educação, de equipamentos, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade, destinados a atender as especificidades educacionais de estudantes com deficiência. As salas de recursos multifuncionais apoiam o desenvolvimento do Atendimento Educacional Especializado, de forma complementar ou suplementar à escolarização desses estudantes. Veja como trazer este recurso para sua escola.

 

O que é Desenho Universal da Aprendizagem?

Como fazer

Planeje

Internacionalmente conhecida como cultura maker, ou movimento maker, as práticas são uma extensão do conceito “Faça Você Mesmo”, que vem do inglês “Do it Yourself” (DIY). Tem como propósito superar o modelo tradicional de educação, em que crianças e jovens recebem passivamente diversas teorias sem a possibilidade de que as mesmas sejam testadas e comprovadas. Nessa proposta, a ideia é ensinar ao aluno a questionar o que está aprendendo e permitir que os estudantes criem projetos e resolvam desafios reais.

Implemente

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Institucionalize

Materiais necessários

Aprendendo com quem faz

Rede Municipal de Ipatinga (MG)

O município de Ipatinga (MG) desejava implementar uma política de Educação Integral e integrada à sua proposta de educação inclusiva. O objetivo central era aproximar professores regentes e professores de AEE, e produzir recursos que facilitassem a inclusão dos alunos com deficiência nas salas de aula regulares. O município já tinha uma política de educação inclusiva muito fortalecida, sendo que, no ano de 2015, todas as escolas possuíam salas de recursos multifuncionais. Para ampliar isso, a rede decidiu ressignificar estas salas para que se tornassem verdadeiros laboratórios de produção de recursos em Desenho Universal da Aprendizagem para toda a escola.

Acesse  No site Assistiva – Tecnologia e Educação é possível encontrar uma série de materiais sobre educação inclusiva.

Orientados pelos pressupostos da Educação Integral, a rede municipal contou com a parceria da Associação Cidade Escola Aprendiz, por meio do Centro de Referências em Educação Integral e do Movimento de Ação e Inovação Social (MAIS) para promover uma série de encontros presenciais nas unidades escolares. A proposta foi convidar os professores a elaborarem um plano de trabalho, traçando o “cenário atual e futuro” para a produção de recursos em Desenho Universal e práticas colaborativas. A partir daí, os participantes desenharam um projeto de pesquisa-ação, identificaram os recursos necessários e realizaram a prototipagem e aplicação na turma de alunos, observando como os estudantes com deficiência e o restante da turma interagiam com os recursos. Neste processo, estiveram envolvidos os professores regulares, professores de AEE, terapeutas (sempre que possível) e facilitadores maker.

Os resultados foram sistematizados e compartilhados em um banco de dados da rede, de forma que os aprendizados pudessem ser compartilhados entre todos.

Maria Antônia Goulart, idealizadora do Movimento Down e parceira do projeto, reforça que os professores não estão acostumados à dinâmica de pesquisa-ação, nem à produção de recursos multissensoriais. Neste sentido, o processo demanda várias aproximações para a efetivação dessa nova forma de fazer: colaborativa, em desenho universal, multissensorial, inclusiva e “mão na massa”.

O intenso trabalho pretende atingir resultados de alto impacto, como: inclusão efetiva dos alunos com deficiência nas práticas pedagógicas da sala comum; autoria docente produzindo seus recursos contextualizados e adequados à demanda concreta; e um trabalho colaborativo dos professores regentes e dos professores de AEE.

Saiba mais sobre a proposta de Educação Integral implementada na cidade:

Para saber mais

Site:

– Mais Diferenças

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