A Educação Integral compreende que o processo educativo pode e deve ir além dos muros da escola: a educação deve ganhar a cidade. Assim, espaços como centros culturais, cinemas, teatros e praças, agentes como artistas, educadores populares e famílias, políticas públicas e iniciativas locais de cultura, saúde, assistência social e desenvolvimento urbano, entre outras possibilidades, podem se converter em oportunidades educativas conectadas ao cotidiano das escolas.
A ideia é permitir a circulação e exploração de novos ambientes e da diversidade cultural necessárias para que os alunos aprendam a convivência e a negociação de sentidos, a partir da apropriação das múltiplas possibilidades educativas hoje existentes no âmbito do território onde vivem.
Com isso, essa rede, além de enriquecer o percurso formativo dos estudantes, contribui para fortalecer as relações de confiança entre instituições e cidadãos, criando melhores condições para o envolvimento ativo de todos na construção de uma rede educadora. Essa intensa participação promove uma cidade que acolhe e potencializa o trabalho das escolas, efetivando o conjunto de aprendizagens que as novas gerações necessitam e desejam.
Ao utilizar o território como espaço de aprendizagem, a escola permite que os estudantes conheçam e reconheçam o lugar em que vivem – como é o bairro, que pessoas moram ali, que formas de expressão cultural e histórias são contadas ali –, ajudando-os a construírem um sentido para o aprender a partir de vivências e práticas culturais concretas: as relações que estabelecem, os saberes, crenças e valores que trazem.
Sair da escola e estar no território também possibilita às crianças e aos jovens identificar suas características, vivenciar os conflitos que ali se estabelecem e propor soluções para enfrentá-los, garantindo, inclusive, o direito que eles têm à cidade.
Ao circular por esses novos espaços, a escola instiga outros modos de aprender, que vão além da sala de aula, estabelecendo um diálogo mais próximo com os saberes das famílias e comunidades, o que contribui para um currículo que valoriza o conhecimento popular tanto quanto o acadêmico.
Conheça as práticas pedagógicas desta estratégia:
Para saber mais
Publicações:
– Coleção Tecnologias do Bairro-escola – Volume 2 – Trilhas educativas
– Bairro-escola: passo a passo
– Bairro-escola: uma nova geografia do espaço
– Territórios Educativos – Trilhas da cidadania, educação e refúgio na cidade
Ferramenta:
Matérias:
– Mapeamento: olhar para a cidade é oportunidade de aprender
– Como mapear atividades e intervenções na cidade?
– “Para pensar em Cidade Educadora, é preciso abrir espaço para aquilo que é novo”
– Por que aprender e educar no território?
– Territórios Educativos: como aprender na cidade?
Vídeo:
– Vídeo Articulação no território pela garantia do direito à Educação Integral