Ensino-aprendizagem na cidade
Práticas

Memória social

A memória é essencial a qualquer sociedade, grupo ou comunidade, pois a ela está atrelada a construção de sua identidade, de sua história. E, para que ela seja construída e preservada, pressupõe-se o registro de experiências, falas, sensações, emoções e sentimentos.

Porém, narrar, registrar e definir o que faz parte da história tem ficado, muitas vezes, concentrado em poucas mãos. Frequentemente, estabelece-se uma narrativa oficial, que passa a ser a única preservada e repetida nos livros didáticos, no cinema, na literatura ou na mídia. Para superar esse padrão, no entanto, cada grupo pode tornar-se produtor, guardião e difusor de sua própria história.

Para a educação, essa narrativa histórica apresenta um potencial valioso para que os alunos conheçam o seu território e estabeleçam novos aprendizados.

Nesta prática, os alunos definem uma determinada região e buscam pessoas relevantes na localidade, convidando-as a contar suas histórias de um ponto de vista particular. A partir das diferentes narrativas, a memória do local é construída, em um processo de valorização das pessoas e do saber informal. Com esta prática, os alunos são desafiados a compreender múltiplas visões acerca de um mesmo local, montando um quebra-cabeça de saberes.

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Aprendendo com quem faz

Memória Local na Escola

Com o programa Memória Local na Escola, o Museu da Pessoa, em parceria com o Instituto Avisa Lá, realiza, há 12 anos, a formação de professores e alunos do ensino fundamental. Os professores transformam sua prática pedagógica com a realização dos projetos de registro da memória da comunidade e familiares de seus alunos, e esses aprendem a ouvir, refletem sobre a experiência de vida dos mais velhos e passam a ser agentes da história ao divulgar as narrativas de vida dos moradores com textos e desenhos.

Toda a produção é exposta em um espaço público, além de resultar em uma publicação que é distribuída para bibliotecas, professores e moradores. A sociedade em geral tem contato com toda essa produção em uma coleção virtual no portal do Museu da Pessoa.

Entre os anos de 2002 e 2016, esta linha de ação mobilizou 4.500 professores, 45 mil estudantes e 1.300 escolas em 40 municípios do País. Veja, aqui, exposições realizadas pelo programa Memória Local na Escola.

Acesse a publicação que sistematiza esta prática.

Centro de Memória Cohab Raposo Tavares

A EMEF Professora Maria Alice Borges Ghion, em São Paulo (SP), promove, desde 2012, o projeto Centro de Memória Cohab Raposo Tavares, com a finalidade de aproximar a comunidade da realidade escolar. Por meio do resgate de memórias individuais e coletivas dos moradores da região, o Centro de Memória valoriza a identidade da comunidade e fortalece a sensação de pertencimento ao local.

Confira a prática “Memórias do nosso lugar”, criada pela plataforma Educação&Participação, que contempla atividades de recuperação das memórias das pessoas sobre um território.

Criada no âmbito do Programa Ampliar e agora vinculada ao Mais Educação São Paulo, a iniciativa reúne cerca de 30 alunos que registram, documentam e expõem a trajetória do conjunto habitacional, além da história de seus sujeitos, contribuindo para manter viva a memória comunitária. Ao empoderar os estudantes, o projeto pretende torná-los agentes sociais da comunidade.

Na atual dinâmica de funcionamento do Centro de Memória, alunos do quarto ao nono ano do ensino fundamental são divididos em duas turmas. Na sexta-feira, os mais novos recebem uma introdução ao projeto, saindo da escola e passeando por lugares marcantes da comunidade.

Leia matéria completa sobre essa experiência.

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