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VIVER É PRECISO

Um caminho para abordar saúde mental nas aulas de literatura.

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Plantão Pedagógico

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Prática elaborada por Renata Barcellos, professora de Língua Portuguesa do NAVE Rio

PLANO DE VOO

As aulas de Literatura costumam apresentar obras que trazem toda uma gama de experiências e sentimentos humanos: amor, sonhos, política, amizade, rivalidade, melancolia. Mas, quando o assunto é saúde mental e suicídio, tudo se torna mais complexo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as taxas de suicídio no Brasil foram 7% maiores em 2016, último ano da pesquisa, do que em 2010, enquanto o índice global diminuiu 9,8%. Também é alta a taxa de jovens com depressão: entre 2015 e 2018, os atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) relacionados à depressão aumentou 115% na faixa etária de 15 a 29 anos, segundo o Ministério da Saúde.

E falar sobre o tema pode ser uma maneira de conscientizá-los. O autocuidado, autoconhecimento, empatia e cooperação são, ainda, habilidades gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“Analisar criticamente fragmentos de texto da literatura mundial cujos personagens ou autores vivenciaram a problemática é um caminho para abordar o assunto”, diz Renata Barcellos, professora idealizadora.

Crédito: Carlos Fernando - Guanabaratejo
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Pilotando

1. Diálogos iniciais

Comece a aula com dados e informações sobre a depressão e os casos de suicídio no Brasil e no mundo. Depois, questione os estudantes sobre o que pode levar as pessoas a desenvolverem essas doenças ou tirarem a própria vida. Apresente ainda diferentes visões sobre o tema, com a perspectiva de filósofos, das religiões e de outras culturas ao longo da história.

2. Debata a temática por meio da Literatura

Selecione obras ou trechos de textos sobre suicídio e saúde mental, como A Elegância do ouriço, Norwegian Wood, Uma longa queda e O céu dos suicidas. Divida a turma em equipes de quatro alunos, e peça que eles analisem o enredo para constatar quais eram as condições de vida daqueles personagens, as pistas que não estavam bem e as motivações que os levam a pensar em suicídio.

3. Novas histórias

Em seguida, peça que os estudantes sigam o estilo literário da obra para escrever um fim alternativo para os personagens. Deixe claro que o intuito não é julgar ou fazer uma avaliação moral, mas que se trata de um exercício de empatia e uma forma de exercitar a imaginação e a escrita.

Equipagem

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