Compartilhe a prática:
O primeiro passo é uma aula expositiva sobre a temática que será trabalhada por meio da prática. A apresentação do conteúdo pode ser feita por meio de um filme, seguido de um debate, ou, então, através de uma atividade de pesquisa e posterior compartilhamento de informações. O importante é que os estudantes sejam contextualizados e assimilem as informações essenciais para que possam criar suas próprias oportunidades de aprendizagem enquanto jogam.
Com a temática definida, escolha jogos de tabuleiro ou de cartas que dialoguem com a História. O desejável é que esses jogos apresentem diversidade em termos de plataforma, abordagens e mecanismos de jogabilidade. Além de jogos de tabuleiro, também existem muitos outros em versão gratuita para smartphones e para computadores. Para a temática da colonização ou de formação das sociedades, por exemplo, é possível trabalhar com os jogos Colonizadores de Catan, Carcassonne, 7 Wonders e Citadels.
O professor deve criar um ambiente favorável e descontraído para que as trocas aconteçam. Portanto, aconselha-se intervir na disposição das carteiras, ensaiando novos formatos como pequenas rodas no chão, além da ocupação de outros espaços como corredores, pátios e refeitório.
Como o número de alunos de uma sala geralmente ultrapassa o de jogadores indicados, é recomendado dividir a turma em diferentes grupos, e cada grupo fica com um jogo. Lembrando que é sempre bom combinar diferentes perfis de aprendizagem e habilidades no trabalho coletivo.
Este é o momento em que o educador sai de cena. Os estudantes devem interagir entre si e jogar livremente, sem intervenções ou direcionamentos por parte do professor. É esta experimentação e protagonismo que vão levar os estudantes a identificar conteúdos e criar pontes entre aquilo que estão desempenhando nos jogos e seus conhecimentos de História e outras disciplinas.
Como cada grupo inicia a atividade com um jogo diferente, o professor pode sugerir que, ao fim de cada rodada, eles troquem de plataforma, permitindo que todos os alunos experimentem todos os jogos. Dependendo da complexidade dos jogos, isso pode ser feito em mais de uma aula.
Os formatos podem ser vários, como produção de textos, debates coletivos, apresentações por parte dos estudantes, mas a atividade de avaliação deve possibilitar que os alunos demonstrem as conexões percebidas entre aquele universo apresentado pelos jogos e os conhecimentos adquiridos na disciplina de História.
A prática fica ainda mais interessante quando o percurso é feito no sentido contrário; isto é, quando os alunos são incentivados a construírem seus próprios jogos ou outro artefato lúdico ou gameficado, tendo como premissa um tema da disciplina de História ou de qualquer área do conhecimento. Nesse processo, o papel do professor é o de orientar as pesquisas e a construção dos jogos. Outra questão que pode ser orientada e avaliada pelo educador é a jogabilidade e outros pontos próprios da arquitetura dos jogos, que relacionam pensamento lógico, exercício da linguagem e outras habilidades fundamentais para serem trabalhadas.