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Sequências didáticas na Educação Integral

Escolher quais conteúdos abordar e de que maneira colocá-los à disposição dos estudantes são questões fundamentais para o bom andamento das atividades educativas. A tarefa não é fácil, mas há algumas orientações essenciais que ajudam neste processo. O professor precisa criar e lançar mão de situações didáticas variadas, nas quais seja possível retomar os conteúdos abordados em diversas oportunidades. Isso pressupõe um planejamento que contenha diferentes modalidades organizativas: projetos didáticos, atividades permanentes e sequências didáticas, por exemplo.

Leia +  Como organizar sequências didáticas

As sequências didáticas podem ter durações variáveis no tempo, assim como uma quantidade também diversa de etapas e atividades. Trata-se de situações didáticas articuladas, em que há uma progressão de desafios a serem enfrentados pelos estudantes para que construam um determinado conhecimento. Funcionam de forma parecida com os projetos didáticos e podem integrá-los, mas o produto final é apenas uma atividade de sistematização e/ou fechamento.

Na perspectiva da Educação Integral, as sequências didáticas são aplicadas a partir de alguns elementos centrais, como a articulação com o currículo, a atenção ao contexto dos alunos e a valorização da autonomia e do protagonismo dos estudantes, além de assumirem o território como um importante espaço de aprendizagem.

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Materiais necessários

Aprendendo com quem faz

Água, recurso infinito? – Atina Educação – São Paulo (SP)

Nesta sequência didática elaborada pela Atina Educação, a proposta é investigar a distribuição e a disponibilidade de água no mundo. Na atmosfera, a água doce representa apenas 0,05% do planeta. E, como se já não bastasse, boa parte dela vem sendo poluída, o que diminui seu aproveitamento.

Nesse sentido, esta prática promove a construção de habilidades matemáticas de forma intuitiva, trabalhando com proporções, gráficos e regra de três. Além disso, amplia o conhecimento sobre a distribuição de água no planeta, nos diferentes tipos de corpos d’água, e colabora no reconhecimento dos seus estados físicos em diferentes ambientes.

A partir de conversas com os alunos sobre o que já sabem sobre o tema, a atividade proporciona a leitura de textos e infográficos, com o objetivo de compreender como a água doce está distribuída no planeta. Posteriormente, é realizada uma experiência com volumes de água, representando a distribuição deste elemento na Terra. Por fim, para avaliar, é sugerida uma reflexão com a pauta: afinal, a água é um recurso infinito?

Veja como desenvolver essa sequência didática neste passo a passo.

O que vemos quando lemos? – Atina Educação – São Paulo (SP)

Nesta outra sequência didática, também idealizada pela Atina Educação, o conceito-chave é desenvolver estratégias leitoras em linguagens verbais e não verbais, realizando a chamada leitura de mundo a partir da leitura de imagens e da própria paisagem da cidade, em uma perspectiva significativa e interacionista: dos conhecimentos prévios do sujeito leitor aos conceitos e estratégias de leitura nos diferentes tipos de linguagem.

Sugestões práticas

Que tal trabalhar o cálculo mental sem decorar resultados nas aulas de Matemática, ou promover um debate e eleição simulada para compreender o que é democracia na disciplina de História? Confira algumas sugestões de sequências didáticas para as várias áreas do conhecimento.

Afinal, não lemos da mesma forma e nem há uma única leitura correta. Em uma leitura, é importante aprender a diferenciar o que está sendo visto do que está sendo interpretado (a partir do que o leitor já sabe). E isso não é nada trivial, embora possa parecer. Estamos falando da capacidade de ler imagens – de saber, em uma leitura, diferenciar fatos e conceitos.

Reflexões como essas podem ser importantes ferramentas de aprendizagem, pois permitem aos estudantes uma maior consciência sobre seu próprio aprendizado (metacognição). Para isso, nesta prática, são realizados exercícios práticos – como quando se convida os participantes a se portarem como câmeras fotográficas uns dos outros – a fim de estabelecer vivências de estratégias leitoras e escritoras em linguagens verbais e não verbais, imagéticas ou híbridas, ajudando o aluno a diferenciar fatos e conceitos, e o professor a construir um bom desafio didático.

Confira o passo a passo desta atividade.

 

 

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