Monitoria entre pares
Práticas

Grupo de estudos entre jovens

A prática visa estimular os alunos de Ensino Médio a revisitarem conteúdos trabalhados no Ensino Fundamental, ajudando-os a sanarem dúvidas e a ampliarem seus conhecimentos. A partir de um diagnóstico prévio sobre as temáticas específicas que precisam ser trabalhadas, os estudantes se dividem em pequenos grupos de estudo e contam com a tutoria de universitários, que atuam como parceiros da escola e facilitadores do processo educativo. As atividades são marcadas por estratégias inovadoras de ensino. Os grupos podem ser organizados como disciplinas optativas – envolvendo estudantes de várias turmas com desafios comuns – ou como estratégias da própria sala de aula.

Esta iniciativa está baseada no conceito de que a educação é uma prática social. Como já apontava o educador Paulo Freire, “ninguém educa ninguém e ninguém se educa a si mesmo; os homens se educam entre si”. Ou seja, a educação deve ser pensada como uma atividade social de cooperação, e não de competição. A escola precisa, portanto, estimular práticas cooperativas em seu ambiente, garantindo socialização de saberes, e não uma educação receptiva e centrada apenas na figura do professor.

A associação entre os estudantes do Ensino Médio e os universitários tem um objetivo comum: o aprender. E este aprender não se resume apenas aos conteúdos relativos a fatos e conceitos, pois o aluno, ao compartilhar a responsabilidade sobre o processo de ensino-aprendizagem, ganha também autonomia e interesse em buscar outras fontes de conhecimento.

Como fazer

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 Juventude e Ensino Médio

Acesse o livro Juventude e Ensino Médio: sujeitos e currículos em diálogo, lançado em 2014, pela editora UFMG, e que leva a assinatura de Juarez Dayrell, Paulo Carrano e Carla Linhares Maia.

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Materiais necessários

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Aprendendo com quem faz

Entre Jovens

A metodologia “Entre Jovens” constitui uma estratégia do Projeto Jovem de Futuro, disponibilizada às escolas públicas parceiras do Instituto Unibanco, para vencer dois grandes desafios do Ensino Médio: a distorção idade-série e a evasão e o abandono escolar. Pesquisas demonstram que o bom desempenho do estudante no Ensino Fundamental influencia a permanência e a continuidade dos estudos no Ensino Médio. Este bom desempenho depende de competências e habilidades a serem desenvolvidas durante toda a vida escolar e que são requisitadas e atualizadas a cada novo ciclo de aprendizado.

O objetivo da metodologia é resgatar, por meio das oficinas de aprendizagem, conteúdos essenciais não apreendidos nas séries anteriores, como noções básicas de leitura e interpretação, raciocínio lógico matemático, capacidade de solução de problemas, entre outros. As atividades são ministradas por tutores (licenciandos/universitários dos cursos de licenciatura em Língua Portuguesa e Matemática), em horário fora do turno regular.

Após a capacitação dos tutores a distância, os grupos são organizados de acordo com a disponibilidade da escola, que deve divulgar as vagas para os estudantes e realizar sua inscrição nas Oficinas de Aprendizagem. Os estudantes podem se inscrever nas duas disciplinas ou em apenas uma.

O Projeto Jovem de Futuro passou por uma etapa de validação de seus resultados e impacto em 45 escolas públicas de Ensino Médio, entre os anos de 2008 e 2010. Nesse período, suas metodologias foram colocadas em prática nas escolas. Conheça alguns exemplos de sucesso:

Grupo de estudos Liceu Piauiense

Um grupo de estudantes do Liceu Piauiense, localizado no centro de Teresina (PI), resolveu ir além do ensino oferecido em sala de aula. Os jovens decidiram se unir e formar uma equipe de estudos com foco no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Dica   Conheça quatro ferramentas para apoiar a preparação para o Enem e dissemine-a entre os estudantes!

Preocupados com as provas do Enem, eles se reúnem todos os dias na biblioteca da escola para estudar para o exame. A ideia partiu de seis jovens, mas o grupo é aberto a quem quiser participar. De acordo com um dos criadores, o estudante Pedro Alves, de 18 anos, são pelo menos três horas diárias de estudos. “A gente sai da aula ao meio-dia e já vem para a biblioteca”, conta o estudante.

No grupo, eles fazem pequenas revisões e utilizam jogos de perguntas e respostas. Além dos livros do terceiro ano, eles também compram material específico para a preparação para o exame. “O grupo de estudo me dá maior segurança, porque fazemos muita leitura”, disse o estudante Jorge Miguel, de 16 anos. Ele conta que os estudantes também discutem os prováveis temas da redação deste ano. Segundo os jovens, os professores dão total apoio à iniciativa.

 

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