As práticas de criação livre são atividades que têm como objetivo o engajamento dos estudantes em explorações individuais e/ou coletivas, promovendo a experimentação “mão na massa” de conteúdos curriculares dos campos das Artes, Ciências e Tecnologias. Os estudantes são envolvidos em uma prática livre, lúdica e investigativa que utiliza materiais de baixo custo. Essa experimentação está desvinculada de metas pragmáticas, permitindo que os alunos descubram seus próprios interesses, explorem e desfrutem livremente de suas habilidades.
Essas práticas são pertinentes quando o educador tem a intencionalidade de oportunizar que os estudantes usem os materiais de forma não direcionada. A expectativa não é a aprendizagem específica de conteúdos e habilidades, mas cultivar o hábito e a atitude da criação com as mãos na massa. Esse tipo de vivência pode ou não gerar projetos mais extensos; o importante é a liberdade de testar, experienciar, errar e criar novamente.
Leia + Movimento “Faça você mesmo” chega à escola
Na modalidade criação livre, o que está em foco é, principalmente, proporcionar momentos de experimentação sem objetivos predefinidos. Em inglês, Tinkering é o termo para essa prática que acontece quando o aluno é motivado a experimentar algo que não conhece e nem domina bem, impulsionado pelo desejo, pela imaginação e pela curiosidade. Quando a prática ocorre livremente, não havendo instruções a seguir, também não há fracasso e nem jeito certo ou errado de se fazer as coisas. Trata-se de oportunizar um espaço para crianças e jovens descobrirem como as coisas funcionam, desconstruí-las e reconstruí-las.
Planeje
Implemente
Avalie
Institucionalize
Materiais necessários
Instituto Catalisador
O Instituto Catalisador é uma associação sem fins lucrativos, criada em julho de 2015, a partir de um interesse de trazer a ciência para o cotidiano das crianças, reconhecendo e valorizando os questionamentos que elas apresentam diante de tudo que observam no seu dia a dia. Inspirados pela intersecção de diversas áreas do conhecimento, os projetos valorizam a convergência de diferentes linguagens. Entusiasmado pelos princípios da Aprendizagem Criativa, o Instituto Catalisador tem se dedicado a levar a cultura mão na massa para dentro de escolas públicas e outros espaços educativos. Tem, como missão, contagiar um número significativo de educandos e educadores que, por meio de experiências de Aprendizagem Criativa, podem se tornar sujeitos autores de seus próprios percursos, além de agentes de transformação individual e social.
Como exemplo do trabalho desenvolvido pelo Instituto Catalisador, estão as práticas de Circuitos Criativos, desenvolvidas em parceria com as EMEIs e os Fab Labs do CEU Anhanguera, Galeria Olido e Chácara do Jockey. Atividades mesclando brincadeiras tradicionais e tecnologias digitais trazem as oficinas de circuitos elétricos em papel, com fita condutora e LED. Nestas práticas, um circuito simples é montado sobre papel, e elementos como bateria, LED e fita condutora são introduzidos. O circuito é montado na forma de cartão, e os participantes podem interagir com o circuito, customizando seu cartão com desenhos. Também são realizadas oficinas de circuitos elétricos com massa de modelar. O material, encontrado em supermercados, é condutor – o que permite que circuitos elétricos sejam usados nas atividades. Com o auxílio de baterias e LEDs, completa-se o circuito. Esta é uma atividade que tem muito apelo com crianças e jovens de idades bem variadas.
Veja fotos das atividades e acompanhe os cursos e práticas pelo Catalisador aqui.
Como implementar a cultura maker na educação
A empresa Makers sistematizou uma série de práticas que passou a desenvolver junto às escolas em várias partes do País. O fundador da consultoria, Ricardo Cavallini, acredita que, seja qual for o método de ensino, a escola pode tirar proveito da cultura maker e de suas tecnologias, mas é preciso fazer adequações. Conheça, nesta publicação, as várias possibilidades de atividades a serem promovidas pelas escolas.
Para saber mais
Confira outras práticas desenvolvidas e se inspire com elas:
– Estudante desenvolve técnica para desenvolver circuitos elétricos em papel
– Kit de módulos eletrônicos coloridos leva invenção para sala de aula