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EMPREENDEDORISMO NO ENSINO MÉDIO

Desenvolver a criatividade e a capacidade de concretizar planos, por meio do empreendedorismo de impacto social.

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Plantão Pedagógico

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Prática elaborada pelos coordenadores do cursos técnicos do NAVE Rio Antoanne Pontes, Alexandre Rangel e Bárbara Soares, e Anderson Paulo do NAVE Recife

PLANO DE VOO

As juventudes são cheias de sonhos e ideias inovadoras, mas é preciso ajudá-las a estruturar seus planos. Nesta prática, alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o foco está em desenvolver a criatividade e a capacidade de concretizar planos, por meio do empreendedorismo de impacto social, que busca construir soluções inovadoras para as necessidades da comunidade.

“O empreendedorismo ajuda a desenvolver a autonomia dos alunos, incentiva que eles adquiram um senso de realidade mais forte e entendam o que torna uma ideia inovadora e criativa”, diz Bárbara Soares, uma das professoras idealizadoras.

Crédito: Carlos Fernando - Guanabaratejo
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Pilotando

1. Primeiras aproximações

O ideal é que essa prática tenha início logo no 1° ano do Ensino Médio, para que o projeto seja permanente na escola, e se torne parte da cultura educacional ali desenvolvida. Também é importante para que os alunos tenham tempo de desenvolver o autoconhecimento, como destaca a BNCC, descobrindo suas aptidões e por quais linguagens, ferramentas e temas mais se interessam.

Assim, para trabalhar as questões teóricas, promova ao longo do ano palestras, aulas e atividades sobre o tema, como convidar um ex-aluno ou alguém da comunidade para compartilhar sua trajetória enquanto empreendedor, assistir a documentários e ler livros sobre empreendedores famosos.

Na parte prática, realize com os alunos oficinas para estimular a exploração e expressão de aptidões, preferências e projetos de vida, e proponha atividades que convidem os jovens a olhar para necessidades e oportunidades presentes no território e na escola. No 2º ano, esse trabalho se mantém, mas com um acréscimo: os estudantes devem ser desafiados a pensar, planejar e entregar um projeto, como um jogo ou um podcast.

Ao final destes dois anos, eles terão se aprofundado na temática, estarão mais atentos aos problemas que os cercam e terão experimentado todas as etapas de conceber e concretizar um projeto.

2. Estruturando a proposta

No 3° ano, todas essas habilidades convergem em um projeto que dura cerca de oito meses. O ideal é que a maior parte dele ocorra no primeiro semestre, para que no final do ano os estudantes possam se concentrar nos vestibulares ou em outros planos futuros.

Para dar início à atividade, divida a turma em grupos e convide-os a pensar em uma solução para um problema da escola ou da comunidade. Partir dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU pode ser um bom caminho para olhar para o território.

3. Para inspirar os alunos

Antes de iniciar o processo de elaboração, é interessante levar os estudantes a uma startup ou incubadora da região, para que conheçam e possam conversar com profissionais que atuam no ramo, entender suas trajetórias e como funcionam os fluxos de trabalho. Entre em contato previamente com as organizações para combinar um encontro.

Peça que realizem uma pesquisa sobre o problema e façam um levantamento das soluções que já foram propostas (se existirem). Em seguida, é necessário que definam o projeto que desejam estruturar. Debata com os alunos as ideias apresentadas e peça que elaborem uma apresentação que deve mostrar a relevância do problema, trazer uma explicação e justificativa da solução sugerida, aponte se e como o projeto pode ser monetizado e defina o seu alcance.

4. Mão na massa

Após a definição do projeto que cada grupo irá concretizar, é hora de começar a desenvolvê-lo, de acordo com a proposta final de cada grupo. Para tanto, é importante que eles elaborem um cronograma: negocie com os estudantes as metas, entregas e prazos de cada etapa.

Ao longo do desenvolvimento do projeto, mantenha reuniões periódicas para que eles tirem dúvidas, debatam as ideias e assim você acompanhe a evolução do processo.

5. A avaliação

Convide profissionais que trabalhem em startups ou empresas de tecnologia e inovação para compor a banca de avaliação. Neste momento, os estudantes fazem uma apresentação em pitch, formato dinâmico, objetivo e cativante de apresentar e vender uma ideia em poucos minutos. Essa é uma oportunidade dos jovens terem contato com o mercado e validarem seu projeto para além do ambiente escolar.

Ao final do processo, o professor pode avaliar a pertinência do projeto, o empenho dos alunos, a criatividade na proposta de soluções, o trabalho em equipe, a organização e como se portaram diante da banca examinadora.

Equipagem

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