Experimentação
Práticas

Pesquisa criativa

Na prática de pesquisa criativa, os estudantes exploram diferentes materiais, investigam suas propriedades, levantam hipóteses e fazem descobertas a partir da própria experimentação “mão na massa”. Nas atividades, o que está em foco é o processo de aprendizagem, e não necessariamente a construção de um produto final. A partir da escolha de um tema disparador, os estudantes são envolvidos em um projeto lúdico e investigativo, articulando, de forma interdisciplinar, os conteúdos curriculares dos campos das Artes, Ciências e Tecnologias.

O Blog Fazedores traz várias novidades e dicas sobre assuntos relacionados ao movimento maker. Confira.

Esta modalidade enfatiza a pesquisa com “as próprias mãos”, em que os alunos realizam explorações para que possam validar, ou não, as hipóteses que levantaram durante as oficinas. Esse movimento de exploração maker – “faça você mesmo” – já está dentro de salas de aulas, empresas, garagens de casas e laboratórios equipados com máquinas de fabricação digital, tornando a experiência um fenômeno tecnológico e coletivo. Trata-se de um movimento que reúne pessoas com conhecimento em eletrônica, programação, design, marcenaria e modelagem, que fabricam seus próprios produtos.

Leia + Movimento “Faça você mesmo” chega à escola

Embora o interesse por colocar a mão na massa tenha sido impulsionado pela internet, pelas tecnologias digitais e de código aberto, recursos artesanais são igualmente válidos, porque o que se aprende vai muito além da técnica. Tem a ver com motivação, estabelecer relações de colaboração e executar projetos que façam sentido para cada participante – mesmos caminhos apontados por Paulo Freire e Jean Piaget para uma educação transformadora.

Como fazer

Planeje

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Implemente

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Institucionalize

Materiais necessários

Como implementar a cultura maker na educação?

A empresa Makers sistematizou uma série de práticas que passou a desenvolver junto às escolas em várias partes do País. O fundador da consultoria, Ricardo Cavallini, acredita que, seja qual for o método de ensino, a escola pode tirar proveito da cultura maker e de suas tecnologias, mas é preciso fazer adequações. Conheça, nesta publicação, as várias possibilidades de atividades a serem promovidas pelas escolas.

Aprendendo com quem faz

Sítio do Astronauta

A proposta de se trabalhar com pesquisa, investigação e circuitos em papel surgiu da professora e pesquisadora Jie Qi, do Massachussetts Institute of Technology (MIT) Media LAB. Nos Estados Unidos, a proposta de Paper Circuits já está bem popular entre os educadores entusiastas das atividades “mão na massa”. No Brasil, os professores “fazedores / makers” também se inspiraram na proposta da pesquisadora Jie e criaram as suas versões. Como exemplo, está o coletivo “Sítio do Astronauta”, que trabalha com a proposta de artesanato eletrônico, realizando diversos cursos e oficinas em parceria com o SESC.

Entre os projetos do coletivo, aparecem com destaque as Vilas de Papelão Fotovoltaica. Utilizando materiais simples, como papelão, cola PVA, LEDs e fios, os participantes são convidados a construir uma vila. Para isso, os educadores/mediadores propõem a reflexão sobre como seria uma “vila ideal” e sugerem um debate, estudo e pesquisa para a construção de espaços coletivos que assumem papel fundamental na vida de uma comunidade.

Após o primeiro contato com os materiais, os participantes são convidados a experimentar o uso de painéis fotovoltaicos de 6v, um controlador de carga para baterias de lithium e uma bateria de lithium 18650. Vivenciado o momento de conhecer as partes do sistema, é hora de construir! Com papelão, tesoura, cola e o que mais cada um quiser, os alunos criam suas casas para formar a vila fotovoltaica.

No momento de construção, o grupo troca ideias sobre o sistema, de forma descontraída, levantando questões e ideias sobre sistemas fotovoltaicos. Com as casas feitas, parte-se para as instalações elétricas, fios e LEDs. Ao final, todos são convidados a uma roda de conversa, para compartilhar suas experiências, desafios e aprendizados.

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