publicado dia 13/01/2015

5 experiências de escolas democráticas ao redor do mundo

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aspasNa escola democrática todos têm direito de decisão sobre o seu destino. O compartilhamento das responsabilidades, as decisões que podem alterar a posição de cada um no coletivo são tomadas em conjunto, incluindo gestores, educadores, funcionários, estudantes e pais. Cada um é, neste sentido, responsável por si, mas também pelos demais. Essa perspectiva política e filosófica impacta diretamente todos os aspectos da organização escolar: seu modelo de gestão, sua espacialidade, seus tempos e, claro, seu currículo.

A definição acima, trazida pelo Glossário do Centro de Referências em Educação Integral, revela os princípios, meios e objetivos da educação democrática. Nas escolas que se inspiram nestas ideias, a democracia permeia as relações interpessoais, a gestão e o conhecimento.

Fomentando a autonomia dos estudantes, as experiências de educação democrática permitem que a curiosidade e o interesse guiem o processo de aprendizagem, tornando-o mais sólido e significativo. Além disso, ao estimular a participação dos alunos nos processos de tomada de decisão, as escolas permitem uma vivência constante e prática sobre responsabilidade e cidadania.

Para inspirar escolas a pensarem sobre essa perspectiva, o Centro de Referências em Educação Integral listou cinco escolas de diferentes países do globo que se inspiram nos preceitos da educação democrática.

Escola Democrática de Hadera (Distrito de Haifa, Israel)
A partir da premissa de que a escola não deve desrespeitar a liberdade que nasce com cada indivíduo é que surgiu a Escola Democrática de Hadera, em 1987. Lá, o estudante escolhe o que e como aprender, além de vivenciar um cotidiano pautado pela democracia. Um dos objetivos da instituição é fazer com que a criança se sinta capaz, sinta que alcançou seus objetivos e assim passe a acreditar em si mesma.

The Circle School (Pensilvânia, Estados Unidos da América)
Atuando desde 1984, a instituição se baseia em uma ideia simples: nas escolas, as crianças deveriam estar “praticando a vida”. Assim, o cotidiano da escola é permeado pela vivência de liberdade e responsabilidade. Crianças e adolescentes têm grande peso nas decisões sobre o rumo da instituição e possuem autonomia para decidir o que fazer com o seu tempo.

Escola da Ponte (Distrito do Porto, Portugal)
Ao invés de séries e turmas pré-determinadas, na Escola da Ponte os alunos se organizam a partir de interesses comuns para desenvolver projetos de pesquisa. O processo de aprendizagem é acompanhado por um tutor, que pode ser qualquer um da comunidade escolar (professor, funcionário ou pais). O modelo pedagógico da escola almeja formar pessoas autônomas, responsáveis, solidárias, mais cultas e comprometidas.

Espacio A (San Juan, Porto Rico)
“O que eu posso ensinar e me sinto confiante em compartilhar, o que os outros querem aprender e, ainda, quais são as minhas curiosidades?” São essas três questões que norteiam a revisão trimestral do currículo na escola Espacio A – que é definido a partir das capacidades, habilidades e interesses dos envolvidos.  Para a instituição, a educação não acontece apenas dentro da sala de aula, garantindo que os estudantes tenham a possibilidade de realizar um estudo independente, que tenha como foco alguma ação na comunidade.

Brooklyn Free School (Nova Iorque, Estados Unidos da América) 
Na escola, a promoção do ensino e aprendizagem tem como base o exercício da liberdade e da democracia. As crianças e adolescentes são estimulados a desenvolver atividades segundo seus interesses e desejos. Isso é sustentado por um currículo bastante flexível e construído diariamente a partir do diálogo entre os diferentes atores da comunidade escolar.

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