publicado dia 15/07/2016

O que você faria se fosse presidente? Crianças respondem à pergunta

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“Eu gostaria que todas as crianças soubessem contar”; “eu gostaria que tivesse uma rua fechada para brincar só as crianças pra não ter perigo”; “eu faria mais escolas”; “eu tiraria as crianças da rua, melhoraria a sujeira e construiria mais parques”.

Essas são algumas das respostas dadas por crianças para a pergunta “o que você faria se você fosse presidente?”. Realizada pela produtora de conteúdo audiovisual Raven Produções, a experiência reuniu um grupo infantil de cinco a dez anos e evidencia a percepção das crianças sobre a realidade em que estão inseridas.

As Criancas Sabem from Raven Produções on Vimeo.

A participação nos contextos escolares

Não restam dúvidas de que as crianças são capazes de fazer suas elaborações a partir de fatos cotidianos. A valorização da autonomia infantil é uma das chaves de mudança para uma educação integral, na medida em que descentraliza o ensino-aprendizagem da figura do adulto – o professor – e o torna um processo contínuo e que tem como figura central o estudante.

A escola Teia Multicultural, unidade particular de educação infantil e ensino fundamental, localizada no bairro da Água Branca, em São Paulo, coloca as assembleias infantis entre as estratégias de aprendizagem das crianças a partir dos quatro anos de idade.

Na instituição, esses encontros acontecem uma vez por semana com o objetivo de que elas possam debater questões e conflitos que aparecem no dia a dia. A própria eleição do corpo da assembleia – que conta com presidente, vice-presidente, primeiro e segundo secretário, e primeiro e segundo escriba – é feita pelos pelos estudantes.

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No Teia Multicultural, as crianças participam de assembleias a partir de quatro anos de idade. Créditos: Divulgação

A assembleia foi o recurso utilizado inclusive para trabalhar conflitos com os estudantes no final do ano passado, quando as crianças estavam trazendo para o ambiente escolar algumas falas e percepções sobre os atentados terroristas que tinham acontecido na França.

Saiba + Como as escolas podem debater tragédias e conflitos com as crianças?

Na Escola Municipal Emaus, em Camaçari (BA), as crianças também têm espaço para serem autônomas. Lá, no início do ano, são elas que escolhem um tema chave que conduzirá todo o processo educativo ao longo do ano, ou seja, decidem sobre o que querem aprender. Esse percurso é finalizado com uma apresentação dos estudantes para a escola.

Saiba + Uma escola infantil onde as crianças decidem o que querem aprender

Em relato ao Centro de Referências em Educação Integral, a diretora da unidade, Elisângela Rosa de Oliveira, contou que a abordagem faz parte da decisão de fazer uma educação com as crianças e não para elas. É preciso valorizá-las como sujeitos sociais que têm uma voz ativa no processo educacional”, explicou.

Por que integrar o brincar ao processo educativo das crianças?

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