publicado dia 27/10/2014

Oportunidades e desafios nas parcerias entre ONGs e escolas

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No último dia 15 de outubro, o Prêmio Itaú-Unicef promoveu mais uma de suas videoconferências a partir da temática “Parcerias, oportunidades e desafios” que teve o propósito de discutir a importância das organizações civis em projetos de educação integral, bem como as dificuldades e os desafios em estabelecer parcerias com as escolas.

Mediado pelo sociólogo, jornalista e educador Fernando Rossetti, o evento contou com a participação da pedagoga e doutora em Serviço Social, Isa Guará e da psicopedagoga, mestre em Educação, diretora e coordenadora da área de Participação, Sociedade Civil e Processos de Mobilização da FLACSO Brasil, Salete Valesan Camba.

Saiba + O direito à educação integral para crianças e adolescentes: que direito é esse?

Isa Guará elencou os motivos pelos quais entende que a parceria entre escolas e organização pode apoiar na oferta de educação integral. “É possível oferecer às crianças e adolescentes a possibilidade de circular em outros espaços de aprendizagem, e de potencializar os conhecimento em contato com a cultura, mais aportada por essas instituições”, defende. A especialista reconhece a responsabilidade da escola no processo de ensino-aprendizagem, mas entende que as ONGs, por prestarem outros atendimentos junto à comunidade, podem arejar o debate sobre o currículo da escola e estabelecer pontes entre ela e as famílias. Ela defende o pressuposto básico da copresença que prevê articulação a partir da legitimação da presença da escola e da organização no mesmo território em que as aprendizagens precisam acontecer.

Para Salete, é importante que ambas as instituições [escola e ONGs] reconheçam suas limitações e se utilizem disso para buscar uma complementaridade a partir de uma relação de parceria e não antagônica. “A situação dada é que a escola precisa romper suas barreiras, e entender que o espaço da cultura, da educação cotidiana, da rua, o diálogo com o bairro, com a comunidade, e a utilização de espaços públicos é fundamental”, colocou durante o debate. Em sua opinião, é preciso considerar os muros para fora da escola são determinantes e definidores da formação de crianças e adolescentes.

O Bairro-escola, proposta de aprendizagem desenvolvida pela Associação Cidade Escola Aprendiz em 1997, foi citada pelas debatedoras como experiência de articulação entre escolas e ONGS que atingiu o nível de política pública, sendo implementada em Nova Iguaçu, em 2006, pela prefeitura.

Confira o debate na íntegra:

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