Como mobilizar a comunidade escolar para um programa de educação integral?

Publicado dia 27/08/2013

A agenda da educação integral por si só convoca as pessoas. Contudo, quando a discussão sai do campo conceitual para um processo de ações práticas, o cenário muda. A escolha da educação integral como orientadora da proposta pedagógica da escola e, consequentemente, das atividades e rotinas escolares pressupõe mudanças profundas no cotidiano da sala de aula, na formação de professores e na relação da instituição com a comunidade onde se insere. Por isso, é necessário que os grupos que convocam a discussão sejam capazes de atuar pela mobilização da comunidade escolar, e de parceiros do entorno. Para isso, é necessário apresentar uma agenda concreta que possa ser facilmente compreendida pelos envolvidos.

Segundo os autores do livro “Mobilização social: um modo de construir a democracia e a participação”, o teórico Bernardo Toro e a educadora Nisia Wernek “mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados.” Para os autores, a ideia de convocar vontades é buscar que os envolvidos encontrem um sentido e objetivo comuns em seu discurso e ações “para um ato de paixão, para uma escolha que ‘contamina’ todo o quotidiano”.

Para tanto, educadores que vivenciaram esta necessidade na prática em suas escolas indicam que estruturar esse elo comum implica em fazer concessões. É na pluralidade de pensamentos e relações que se encontram iniciativas individuais, que podem ser complementadas ou fortalecidas no coletivo.  Ou seja, é preciso identificar o que na individualidade de cada ator pode fortalecer o processo comum.

Como explanado em texto sobre o tema na Escola de Gestores do Ministério da Educação, “pode-se facilitar o trabalho de mobilização se este for coordenado por um coletivo – representantes dos professores, de estudantes (grêmio ou colegas indicados), representantes das famílias (Associação de Pais e Mestres). O Conselho Escolar é importante para responsabilizar ou colaborar na coordenação dessa tarefa.”

Ou seja, é importante que a escola invista nos seus espaços de participação para que estes sejam verdadeiros impulsionadores do processo de mobilização para a causa ou ações que dialoguem com a educação integral. Uma ideia é fortalecer a escola por meio da divulgação interna e na comunidade do entorno (pais e parceiros locais) sobre a proposta pedagógica da instituição. O mesmo pode acontecer para mobilizar a construção do Projeto Político Pedagógico, prevendo que este deve ser construído por todos os segmentos representativos da unidade escolar e, se possível, por parceiros externos, como, por exemplo, agentes de saúde ou da assistência social que atuam na região.

Assim, buscando reunir algumas das estratégias utilizadas por educadores e recomendadas por importantes centros de mobilização do país, elaboramos uma espécie de lista de ações para mobilizar a comunidade, lembrando que esta mobilização deverá partir, necessariamente, do interesse concreto de um indivíduo ou grupo na escola.

Para mobilizar é fundamental acertar na comunicação e na articulação de parceiros que se envolvam não só com a disseminação da mensagem, mas com a sua construção ativa e qualificação. Para tanto, é interessante:

 

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